Ibama acusa madeireiros de incêndio criminoso   Enquanto muitos estados sofrem com as enchentes, no Maranhão, o problema é a falta de chuva. A estiagem causa perdas na agricultura e há incêndios em várias regiões do estado. Nas fazendas da região centro-oeste, o gado começa a morrer por falta de água. Um açude de quase dois quilômetros, que servia quatro pequenas propriedades, está com apenas 10% da capacidade. Sem pasto, o rebanho é confinado e o manejo ficou mais caro.  Todas as atividades de uma pequena propriedade dependem da água do poço, desde o manejo dos animais ao que é consumido pelos moradores, só que a cada semana, o nível da água fica cada vez mais baixo.  Na região de Balsas, grande produtora de soja, a safra está prejudicada.  Sem chuvas regulares e com a alta temperatura, o número de queimadas aumentou. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Maranhão está entre os três estados brasileiros que mais apresentam focos de incêndio. Este ano, até agora, foram quase 21 mil, 16% a mais do que no mesmo período do ano passado.  Uma das situações mais graves é a da terra indígena de Arariboia. Uma grande operação do Ibama, com apoio do Exército e dos Bombeiros, tenta acabar com um incêndio que já destruiu 45% dos 413 mil hectares da reserva.  Doze mil índios estão espalhados na terra indígena Arariboia e um dos objetivos da operação é evitar que o fogo chegue às aldeias.  São 143 com índios das etnias Gavião, Guajajara e Awa-Guajá, que vivem isolados, sem contato com o homem branco. A maioria já perdeu as plantações de mandioca para o fogo.  Para o Ibama, o incêndio na reserva indígena foi criminoso, provocado por madeireiros.

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